quarta-feira, 20 de março de 2013

"Before Watchmen" em maio, no Brasil

A HQ revolucionária da década de 80, Watchmen, obra-prima de Alan Moore, será lançada em maio, no Brasil. O primeiro número será sobre a saga do "Coruja", que é anterior aos fatos narrados em Watchmen. Coruja nº 1 deve chegar às bancas ao custo de R$ 12,90.
Para quem não conhece (difícil!), Watchmen é uma HQ, considerada a obra prima de Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons. A série foi inicialmente publicada em doze edições mensais pela editora norte americana, DC Comics, entre 1986 e 1987, sendo reimpressa mais tarde em trade paperback (brochura).
A HQ é considerada um marco admirável na evolução dos quadrinhos, pela sua maturidade tanto na linguagem, quanto na temática. Tanta qualidade ajudou mesmo a firmar o formato Graphic Novel (Romance Visual), até o lançamento da série, pouco difundido no mundo. Além disso, ao lado de Frank Miller, com A Queda de Murdock e The Dark Knight Returns, Watchmen despertou o interesse de um público leitor mais maduro para um gênero considerado mais infanto-juvenil.
Watchmen apresenta uma trama bem elaborada, ambientada nos EUA de 1985, no contexto da Guerra Fria e povoado por super-heróis do passado, decadentes e heróis da atualidade envolvidos em eventos misteriosos, relacionados ao assassinato de um deles. Nesse contexto, os super-heróis (Dr. Manhattan, Roscharch, Comediante, Espectral e Ozymandias, além dos Minute Men.) são seres verossímeis, que encaram problemáticas existenciais, políticas e filosóficas, se questionando sobre sua ética, suas neuroses e traumas. Um trabalho admirável e encantador.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Antigo armazém francês de vinho vira Museu de Quadrinhos

É da França o mais importante museu de quadrinhos da Europa

O novo e mais completo Museu de Quadrinhos da Europa foi inaugurado dia 20 de junho, na cidade de Angoulême, na França. O Museu faz parte da La Cité Internacionale de la Bande Dessinée e de l'Image (Cidade Internacional de Histórias em Quadrinhos e da Imagem), antigo CNBDI (Centre National de la Bande Dessinée et de l'Image).

Um antigo armazém de vinho,foi todo adaptada para alojar o Museu. O lugar possui mais de 4 mil m2, incluindo um espaço de exposição de 1.300 m2, permitindo exibir uma coleção de mais de 8 mil páginas e desenhos originais. Tudo sob a direção de Gilles Ciment.

O acervo mudará a cada quatro meses, favorecendo, desse modo, a conservação dos originais e além oferecer sempre novidades aos visitantes.

A coleção está dividida em três áreas: um percurso histórico, uma sala dedicada às técnicas de criação artística e outra ala dedicada à estética dos quadrinhos.

A evolução das HQs desde 1883 é contada no setor histórico, dando ênfase aos trabalhos franco-belga e fazendo uma comparação entre as diferenças de publicações europeias e norte-americanas.

A grande “vedete” do lugar é a biblioteca de quadrinhos, que dispõe de um acervo de 115 mil revistas e 43 mil álbuns e livros, e isso não inclui a coleção doada pela Marvel, em 2004, que é constituída de 283 mil revistas publicadas entre 1950 e 1980.

Além disso, a livraria do Museu dispõe de 40 mil títulos à venda.

O Museu é mesmo tão incrível que até a estátua do famoso marinheiro das Hqs de Hugo Pratt, Corto Maltese, está numa passarela entre o Museu de Quadrinhos e o edifício Castro.

A transformação do armazém em Museu de Quadrinhos de Angoulême custou 9,6 milhões de euros (mais de 26 milhões de reais).

Hare Baba!

Erotismo em HQ virtual agita a Índia

Savita Bhabhi, a primeira estrela pornô dos quadrinhos indianos está dando o que falar. As aventuras eróticas protagonizadas pela personagem estão causando alvoroço na Índia, país onde a pornografia é ilegal. A revista eletrônica, que é publicada em inglês e em mais dez dialetos hindus, está sendo acusada pelos conservadores de “deturpação dos valores morais e de incentivo a práticas obscenas entre os jovens”.

Um dos episódios mais polêmicos, no qual Savita Bhabhi, que é casada e mãe de família, faz sexo com o famoso ator de Bollywood, Amitabh Bachchan, gerou protestos calorosos contra a HQ, por parte dos atores da indústria cinematográfica indiana.

Com tanta tecnologia algumas cidades do país conseguiram impedir o acesso ao site da publicação.

Os criadores da HQ se defendem, "criamos Savita Bhabhi para mostrar que as mulheres indianas também têm desejo sexual. A Índia é um país onde a sexualidade é reprimida", em entrevista à revista eletrônica Global Post.

De acordo com a opinião do desenhista das histórias, Deshmukh, a personagem está fazendo uma espécie de revolução igualitária dando uma sacudida nos conceitos sexuais dos indianos. Para piorar o conflito, a modelo e cantora indiana Nilanti Narain, famosa e admirada em seu país, posou para fotos sensuais inspiradas na mulher devassa dos quadrinhos online.

Hare baba!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Para quem ama “A espetacular arte de desenhar quadrinhos”

O artista gráfico Lederly Mendonça disponibilizou em seu blog um “aperitivo” do livro A Espetacular Arte de Desenhar Quadrinhos, que lançará, em breve, pela Editora SENAC-Ceará.

O autor se coloca como personagem e interaje metalinguisticamente com o leitor, abordando os assuntos de forma casual e bem-humorada. A obra tem linguagem HQ para ensinar a criar uma HQ. O interessante é que o livro é bem didático e indicado para qualquer pessoa, desenhista ou não.

O livro tem formato 21 × 28 cm e 130 páginas em preto e branco. É dividida em sete capítulos - Anatomia Feminina, Anatomia Masculina, Criação de Personagens, Cenografia, Produção de Roteiros, Quadrinização e Ferramentas - e será lançada no próximo dia 15 de outubro.

Uma boa notícia é que em 2010, a publicação será usada pelo SENAC do Ceará como material didático do Curso de História em Quadrinhos.

Reportagem em quadrinhos: os últimos dias de Michael Jackson

Por Marcus Ramone (04/09/09)


O portal de notícias G1 publicou mais uma reportagem em forma de quadrinhos.

Depois de 3minutos no Masp, publicada no ano passado e que versa sobre o roubo de quadros de Pablo Picasso e de Candido Portinari no Museu de Arte de São Paulo, a bola da vez é o rei da música pop internacional, em Os últimos dias de Michael Jackson.

Escrita pelo jornalista Diego Assis, com desenhos de Rafael de Latorre e layout de Rodrigo Chiesa, a HQ de 24 páginas revive os derradeiros dias do cantor e dançarino, até o anúncio oficial de sua morte.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Domínio Público

Literatura em Quadrinhos

Diversos autores e ilustradores num mesmo livro. 'Domínio Público' traz adaptações visuais de clássicos da literatura brasileira, tais como Sete Vidas, de Olavo Bilac; Apólogo Brasileiro sem véu de alegoria, de Alcântara Machado; A ilha de Cipango, de Augusto dos Anjos dentre outros. O texto verbal, no entanto, não é adaptado; em virtude da linguagem dos quadrinhos, algumas partes foram suprimidas e ditas por meio da imagem. O trabalho gráfico inovador conferiu aos textos "clássicos" um ar contemporâneo, o que certamente, deve estimular aos mais jovens.
Domínio Público reafirma os talentos nacionais: autores literários, artistas gráficos e evidencia a riqueza narrativa e visual de suas histórias.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Matéria sobre Gaiman

Um aperitivo da matéria sobre Gaiman publicada na revista Literatura (Conhecimento Prático):

Neil Gaiman O Escritor dos sonhos

O sucesso de Neil Gaiman, um dos escritores mais badalados da feira literária de Parati, fez muitos reavaliarem a importância das histórias em quadrinhos. Afinal, Gaiman começou sua carreira nos gibis. Conheça melhor a carreira desse roteirista e escritor.

por Gian Danton

Até há pouco tempo, as histórias em quadrinhos eram consideradas uma subliteratura e acreditavase que nenhum escritor sério se ocuparia de escrever gibis. O sucesso de Neil Gaiman, um escritor vindo dos quadrinhos, tem mudado a forma como as pessoas encaram essa nova mídia.

Gaiman fez parte de uma geração de artistas britânicos que, na segunda metade da década de 1980, sacudiu os Comics norte-americanos. Naquela época, vários artistas, entre desenhistas e roteiristas, invadiram a DC Comics e, embora trabalhassem com personagens menores, fizeram com que eles vendessem tão bem quanto as maiores estrelas da casa, como Batman e Superman. Neil Gaiman sempre foi fã de quadrinhos e escrevia textos, em jornais locais, sobre o assunto.

Quando soube que os editores da DC Comics, uma das mais importantes editoras dos EUA, estavam visitando a Inglaterra em busca de talentos, aproveitou a chance para mostrar seu trabalho em conjunto com o amigo Dave McKean. Para isso, ele escolheu uma personagem obscura da década de 1970, que não interessava a nenhum artista famoso na época: a "Orquídea Negra".

A minissérie de luxo "Orquídea Negra" se tornaria um sucesso e revolucionaria o mercado com sua arte fotográfica e texto poético; mas, antes que fosse publicada, os editores sugeriram que Gaiman escrevesse um título mensal. Gaiman começou, então, sua carreira em "Sandman", sendo Dave McKean responsável pelas memoráveis capas. A primeira sequência delas mostrava uma prateleira de madeira na qual o artista juntava cacarecos, desenhos e colagens. (...)


A matéria completa está uma delícia! Não perca!

Até a próxima.